Cirurgia Bariátrica

O maior benefício da cirurgia bariátrica e metabólica, além da perda de peso é a remissão das doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão (entre outras), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias, da videolaparoscopia e da associação de novas drogas anestésicas os riscos hoje de uma cirurgia bariátrica são menores que uma cesariana, menores que um parto normal e menores que uma histerectomia comparativamente falando.

Imagem Cirurgia Bariátrica

Entretanto, apesar de baixos, riscos existem em qualquer procedimento cirúrgico e por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada, por médicos habilitados e com experiência comprovada. Por isso orientamos aos pacientes que se informem antes sobre a experiência do profissional escolhido.

Quem pode fazer

A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios:

  • IMC
  • Idade
  • Doenças associadas
  • Tempo de doença
 

Em relação ao índice de massa corpórea (IMC)

  • IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades.
  • IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
  • IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista

Em relação à idade

  • Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por 2 cirurgiões bariátricos titulares da SBCBM e pela equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.
  • Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
  • Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
  • Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.
 

Em relação ao tempo da doença

Apresentar IMC estável há pelo menos 2 anos e comorbidades em faixa de risco além de ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.

Contraindicações

As situações abaixo configuram condições adversas à realização de procedimentos cirúrgicos para o controle da obesidade:

  • Limitação intelectual significativa.
  • Pacientes sem suporte familiar adequado.
  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso continuo de álcool ou drogas ilícitas.
  • No entanto, quadros psiquiátricos graves, alcoólatras e adictos sob controle não são contra indicativos à cirurgia.
  • Doenças genéticas.
 

Pré-operatório

O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica. Solicita-se ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia, pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação.

Nessa fase, também é obrigatório o preenchimento do documento Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar devidamente informados sobre os benefícios e riscos da cirurgia.

No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames, como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais, além de passar em consulta com os profissionais obrigatórios: cirurgião, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

O paciente deve fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas pela equipe responsável. Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por profissionais especialistas nessas doenças.

Embora muito raramente, a cirurgia pode gerar complicações, como infecções, tromboembolismo (entupimento de vasos sanguíneos), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento de grampos), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia. Além disso, sintomas gastrointestinais podem aparecer após a refeição. Os pacientes predispostos a esses efeitos colaterais devem observar certos cuidados, como reduzir o consumo de carboidratos, comer mais vezes ao dia – pequenas quantidades –, e evitar a ingestão de líquidos durante as refeições.

Pós-operatório

O paciente deve fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas pela equipe responsável. Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por profissionais especialistas nessas doenças.

No pós-operatório, recomenda-se ao paciente atividade física e complemento vitamínico. E, nas operações abertas, recomenda-se ainda o uso da faixa abdominal.

Embora muito raramente, a cirurgia pode gerar complicações, como infecções, tromboembolismo (entupimento de vasos sanguíneos), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento de grampos), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia. Além disso, sintomas gastrointestinais podem aparecer após a refeição. Os pacientes predispostos a esses efeitos colaterais devem observar certos cuidados, como reduzir o consumo de carboidratos, comer mais vezes ao dia – pequenas quantidades –, e evitar a ingestão de líquidos durante as refeições.

Pacientes submetidos à cirurgia de duodenal switch podem apresentar reações no pós-operatório, como desnutrição, fezes de forte odor e diarreias, pois essa é uma operação que privilegia a má absorção de alimentos.

Sbcbm